A Cerca de um mês esta
travada a votação do Marco Civil da Internet, a grande mídia não noticia porque seria a grande desfavorecida se caso o texto original
do Projeto de Lei 2126/11, do Executivo for aprovado.
Três lobbies estão deixando os deputados perdidos na
Casa. A saber: neutralidade na rede, direito autorais, e guarda de dados
(datacenters) fora do país.
Todos os pontos são importantíssimos para assegurar a
liberdade de expressão dos usuários da rede, entretanto a “neutralidade da
rede” parece ser o mais absurdo a ser colocado em discussão, pois fere o
consumidor e subestima a capacidade do mesmo em saber quando estão lhe querendo
“passar a perna”. Vamos entender...
O princípio da
neutralidade de rede busca impedir as operadoras de
telecomunicações de oferecerem aos usuários pacotes com serviços
diferenciados – por exemplo, só com e-mail, apenas com acesso a redes sociais
ou incluindo acesso a vídeos. Isso significa que com uma internet neutra, as
operadoras de telecomunicações não podem fazer distinção de tráfego com base em
interesses comerciais, nem privilegiar a transferência de determinados pacotes de dados (aquilo que enviamos ou recebemos quando estamos
navegando) em detrimento de outros. As empresas de telecomunicações são contra
a neutralidade, pois querem que os consumidores paguem mais para ter sua
navegação “facilitada” ou ter permissão para favorecer parceiros comerciais. Se
isso acontecer, quem tem mais dinheiro terá uma internet melhor, e quem não
tem, terá um serviço deficiente, com qualidade menor.
O
princípio da neutralidade diz simplesmente que a rede deve ser igual para
todos, sem diferença quanto ao seu uso. O dono do cabo não é dono daquilo que
transita pelo cabo. Em uma
analogia com a energia elétrica, que também é prestada através de uma rede, não
se faz diferença entre o uso de uma geladeira, um microondas e um televisor. A
rede não aceita um aparelho e rejeita outro, ou seja, não faz discriminação de
uso. O mesmo deve valer para a internet.
A votação
deverá acontecer ainda este mês, pois sofre grande pressão por parte da
Sociedade Civil, parlamentares favoráveis ao atual texto e principalmente da
Presidenta Dilma que após as denuncias de espionagem enxergou a necessidade de regular o serviço
no país.
Três lobbies estão deixando os deputados perdidos na Casa. A saber: neutralidade na rede, direito autorais, e guarda de dados (datacenters) fora do país.
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