Dias
que jamais devem voltar, dias de ditadura e de tortura, dias que não devemos
esquecer. O Dia 31 de março de 1964, que culminou no dia 1 de abril
(mais conhecido como dia da mentira), com um golpe de estado que
encerrou o governo do presidente João Goulart,
também conhecido como Jango. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi
eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde
1964. Os militares
brasileiros a
favor do Golpe costumam designá-lo como Revolução de 1964 ou Contrarrevolução
de 1964.Em geral, a expressão é associada a defensores da ditadura.
O
golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos e
acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na
vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam
desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.
Esse
ano algo curioso aconteceu, um grupo, ou melhor, algumas células remanescente
da ditadura resolveram ir as ruas “comemorar” os 50 anos do golpe fazendo uma
marcha denominada “A Marcha da Familia com Deus Pela Liberdade” (contra o
comunismo) tentando reeditar o movimento que ocorreu no dia 19 de março de 64
em São Paulo, colocando na rua cerca de 500 mil pessoas, uma afronta ao
Presidente Jango que dias antes teria reunido 200mil pessoas para anunciar suas
reformas, reformas que até hoje esperamos. O Movimento realizado neste mês ocorreu em algumas capitais, resultado, “miou”, pra quem queria
uma nova “contrarrevolução”, não foi
desta vez, dava para colocar todos dentro do fusquinha(rs), atos reuniram menos de dez pessoas em Belo
Horizonte, Florianópolis, Natal e Recife; em São Paulo, a adesão foi maior
(cerca de 700), mais protesto pareceu uma greve de PMs, tamanha a quantidade de
policiais que trabalhavam no ato; marchas ganharam apelido de "Murcha da
Família" nas redes.
Brincadeiras
de lado, está é a nossa história, alguns
tem vergonha, outros orgulho, mas a cima de tudo é a realidade, nossa história
não é romântica, e recheada de muita luta para chegarmos a democracia, muito
sangue de guerrilheiros de cerca de 10 mil torturados, 10 mil exilados e pelo
menos 400 mortos por discordar do governo. Até hoje, 144 pessoas estão
desaparecidas. Isso não dá para esquecer, um dia que durou 21 anos, que para
algumas famílias ainda não tiveram fim, sem saber o que houve com familiares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário