Existe uma forma tendência de o senso comum achar que
na Política só pode participar quem “entende”, mas quem entende? Os estudados?
Acadêmicos? Burocratas? Analistas Políticos? Economistas? Em fim, isso me parece mais um discurso para
desestimular quem gosta e tem sede de justiça social e busca na sua comunidade
melhorias pra qualidade de vida de um coletivo, é pra fazer aquele camarada que
não tem “estudo”, se sentir “menos” na política porque não cursou uma
faculdade.
Na política existem intelectuais
"orgânicos", sem escola, sem faculdade, mas que conhecem a sabedoria
e as necessidades do povo com ninguém, não só sabem, como sentem, só sabem
porque viveram a realidade e não as leu e nenhum livro. Um Político
representante do Povo precisa ser eleito, não participa de nenhum teste
seletivo ou prova de títulos, precisa
representar um segmento da sociedade, uma causa, uma região e suas demandas.
Mas nós é que escolhemos.
Essa concepção de poder restrito aos sábios liga-se em Platão com a ideia
do “mito da caverna”. Trata-se de uma caverna onde estão acorrentados homens
desde a sua infância, dispostos de tal forma que somente podem vislumbrar o
fundo da caverna. À sua frente são projetadas as sombras das coisas que passam
às suas costas, onde existe uma fogueira. Essa é a realidade para esses homens.
Platão afirma que se um desses homens conseguisse se libertar de seus grilhões
e contemplar o mundo exterior, quando retornasse a caverna e relatasse o que
havia visto, esses os veria como um louco, não lhe dando crédito.
A indagação de Platão diz respeito a real possibilidade de se
influenciar os homens que não querem ver, e nesse âmbito caberia ao sábio
ensinar e dirigir esses indivíduos.
Assim para Platão a democracia é inapropriada na medida em que a grande
maioria dos indivíduos não está preparada para governar, sendo que o estado
deve ser governado por filósofos. Trata-se de uma aristocracia da inteligência,
onde o poder é dos melhores, ou em outras palavras, dos mais sábios. Uma visão
antiga que ainda perdura nos tempos atuais, mantém a alienação do trabalhador, vai
contra a democracia e a participação popular nos espaços de decisão e consulta
publica, é como se não fossemos capazes de decidir nosso próprio futuro.
Uma visão antiga que ainda perdura nos tempos atuais, mantém a alienação do trabalhador, vai contra a democracia e a participação popular nos espaços de decisão e consulta publica, é como se não fossemos capazes de decidir nosso próprio futuro.
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